segunda-feira, 17 de junho de 2013

Coisas de Fanzine: Jeremias, o bom!





Está por aí  o livro “Jeremias, o Bom” com algumas histórias que não foram publicadas , quando Ziraldo preferiu não divulgar as charges que criticavam a política da época. O personagem foi criado em 1965 para as páginas do Jornal do Brasil. 



O Jeremias tinha características contrárias às do Amigo da Onça [personagem de Péricles Maranhão] e começou a fazer sucesso por isso. Ele tinha jeito ingênuo e sempre estava disposto a ajudar as outras pessoas. 

Em 1969, Jeremias migrou para a revista O Cruzeiro, onde ganhou um caráter mais político, com tiradas sarcásticas contra a ditadura militar. Essa postura acabou causando a demissão de Ziraldo da revista. 

Nessa fase política, o personagem apareceu aplaudindo  um cantor parecido com Geraldo Vandré e também participou de inúmeras passeatas estudantis







Coisas de Fanzine: Joacy Jamys


 

 Joacy Jamys, um dos cartunistas mais produtivos de sua geração, já deixou o corpo e os problemas mundanos e está desenhando entre as nuvens.Tudo assim rápido! Do mesmo jeito que ele sempre viveu e produziu: a milhão! 




JJ foi designer, escritor, tradutor, artista gráfico, ativista cultural e político e vocalista de três bandas punk/hardcore: EstragoTerror Terror! e Última Marcha

Com esta última gravou seis CDs, tocou no exterior e construiu uma sólida carreira na cena underground do Maranhão


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Coisas de Fanzine:QUEM É SANTIAGO?




Neltair Rebés Abreu, quando entrou para a Faculdade de Arquitetura da UFRGS, em 1973, três anos depois de chegar de Santiago do Boqueirão, foi rebatizado. Santiago veio para Porto Alegre seguindo os passos dos irmãos mais velhos que, terminando o secundário no interior, viram como única saída para trabalhar e estudar a mudança para a capital. Ele já desenhava desde os tempos de guri, antes mesmo de aprender a ler. Na escola, caricaturava colegas e professores. Ao chegar em Porto Alegre, seu primeiro emprego foi de desenhista técnico em uma indústria.Santiago sempre foi de questionar as coisas, tomar posição, de ser oposição ao estabelecido. 
Deve ser por causa de seu nome Rebés (revés), herdado de uma combinação explosiva de basco com catalão. "Acho que o jornalismo e o humor são oposição por natureza. É preciso revolver o fundo da panela para não deixar queimar o doce".No estado, coleciona mais de uma dezena de Prêmios ARI. Foi premiado cinco vezes pelo Salão de Humor de Piracicaba e pelo Salão de Quadrinhos da Universidade Mackenzie, em São Paulo. Já expôs, como convidado, no Salão dedicado ao Quadrinho Brasileiro em Prato, na Itália. Primeiro lugar na Exposição "Guerra à Guerra", em Sofia, na Bulgária, em 1987, ganhou uma viagem de 20 dias pela Bulgária. Também foi premiado com o 4º lugar no Salão Internacional de Cartuns em Montreal, no Canadá. Expôs no Clube dos Diretores de Arte, de Nova Iorque, e na Mostra da Revista Print, dedicada às artes gráficas no Brasil. Menção Honrosa do Júri no Concurso Internacional de Cartuns, em Instambul, Turquia, ainda foi premiado no Concurso de Cartum Anti-Racista, em Duisburg, Alemanha. 





No entanto, a mais importante distinção talvez seja o "Grand Prix", o prêmio máximo do Concurso Internacional de Cartum do jornal Yomiuri Shinbum, de Tóquio, em 1989..Por conta de suas peripécias humorísticas, Santiago tem vários livros publicados, entre eles : Humor Macanudo (1976), Refandango (1977), Os Causos do Macanudo Taurino (1982), Milongas do Macanudo Taurino (1984), Bailanta do Taurino (1986), As Invenções da Vó Libânia (1988), Ninguém é de Ferro(1993), Povaréu (1994), O Melhor do Macanudo Taurino (1997), FHC: quem te viu, quem te vê (1999), Não Ta Morto Quem Peleia (2001), A Dupla Sertanojo , Outros causos do Macanudo Taurino (2003) ,Tinta Fresca (2004) e recentemente Conhece o Mário?




A




presentamos uma pequena biografia baseada em texto da jornalista Márcia Camarano:

Coisas de Fanzine: ALTAN : GÊNIO DO FUMETTI!!!

Francesco Tullio Altan, ou, como a Itália inteira o conhece, Altan, nasceu em Treviso em 1942. Freqüentou a Facoltá di Architettura de Venezia e trabalhou com cenografia para cinema e televisão. Veio para o Rio de Janeiro em 1970 para trabalhar em cinema e no Jornal do Brasil aonde lançou 'Kika', personagem infantil.


Voltou á Itália em 1975 como cartunista em jornais, entre eles o Corriere dei Piccoli. Através da revista Linus, Altan se revela como um dos mais brilhantes criadores dos quadrinhos modernos. Suas criações transitam, de Cipputi, o metalúrgico revoltado, a Pimpa, a doce cadela malhada de óculos que encanta milhões de crianças em todo o mundo.








  Pimpa completou 30 anos de lançamento pelo Corriere dei Piccoli em 2005, com direito ao espetáculo musical 'Il Circo di Pimpa', criado exatamente para celebrar a chegada à idade balzaquiana de Pimpa. Altan também publicou inúmeros livros de cartuns, entre eles Colombo, Ada, Macao, Cuori Pazzi e Zorro Bolero. Alguns destes trabalhos foram adaptados para o teatro e televisão.  Altan foi publicado no Brasil pela revista Animal, um marco dos quadrinhos adultos no final dos anos 80. 

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Coisas de Fanzine: Darma Lovers- Música, Mantras e delicadeza!



            Música, meditação, mantras e delicadeza!


Tudo começa sempre de maneira sutil, imprevisível e com a aparência de acaso. Sabemos nós que não é assim... Coincidências não existem... Eu vejo uma grande teia de bordado tênue unindo pessoas, emoções, sentimentos, sonhos e realidades.
Estava em tempos de meditação, auto-refletindo a necessidade de DELICADEZA em qualquer ato praticado em qualquer situação. Envolvido estava eu com estes pensamentos quando a Nina Flores, fanzineira de São Leopoldo, me deu um toque sobre a possibilidade de conseguir os CDs d’Os The Darma Lóvers, que há tanto tempo buscava.
Os The Darma Lóvers,são  uma banda que iniciou seu trabalho musical com uma dupla de praticantes do budismo tibetano, que moravam em Três Coroas,no alto de um morro ao lado de um Templo Budista e que decidiram fazer música a partir de suas experiências meditativas, mixando blues, mpb, psicodelia, tropicália, rock´n´roll e algo mais.
    Parceiros de vida, Yang Zam (Voz, guitarra e incensos) & Nenung (Voz, harmônica e violão) descobriram que suas vozes eram tão afinadas quanto suas intenções e, encorajados pelo punk baladeiro Wander Wildner, levaram adiante o projeto musical-meditativo no início do ano 2000, quando lançaram seu 1º CD homônimo “Os The Darma Lóvers”, seguido do disco “Básico”, em 2002. Quando estavam em plena ascensão, a dupla aceita sair da estrada para entrar em  um retiro formal de meditação, orientado por seu professor, o Lama tibetano Chagdud Rinpoche. Já em 2004, voltam à estrada como um quinteto, com a entrada da guitarra de 4Nazzo (ex-De Falla), Thiago Heinrich (baixo e piano) e Sassá (percussão). “Laranjas do Céu”, foi lançado em 2005. Como os discos estão esgotados, o próprio Nenung se encarrega de fazer cópias que vende através de uma rede alternativa.
            Os discos são sublimes, com algumas canções que eu adoraria ter composto, verdadeiros mantras de reflexão, bom humor e delicadeza.      E tudo continua, sempre de maneira sutil, imprevisível e com a aparência de acaso. Sabemos nós que não é assim... coincidências não existem... Eu vejo uma grande teia de bordado tênue unindo pessoas, emoções, sentimentos, sonhos e realidades.



terça-feira, 4 de junho de 2013

Coisas de Fanzine- Angelo Agostini

ANGELO AGOSTINI – O PIONEIRO DA CARICATURA NO BRASIL


Angelo Agostini nasceu em 1843 na Itália na região do Piemonte e chegou ao Brasil em 1850 com sua mãe, a cantora lírica Raquel Agostini, com alguns estudos de desenho realizados em Paris.
O aparecimento de seu nome associa-se ao surgimento da caricatura em São Paulo, na Revista Diabo Coxo  em  1864,de curta duração. Em seguida lançou o Cabrião revista  cujo teor lhe valeu ameaças, que o levaram a deixar São Paulo.
No Rio de Janeiro, colabora na Revista Arlequim , na Vida Fluminense, no O Fígaro,  e no O Mosquito. Funda e ilustra a Revista Ilustrada, mantendo-a sob sua direção de 1876 a 1898 e junto com Pereira Neto funda Dom Quixote . Colabora n’O Malho  e no O Tico-Tico , revista infantil onde desenha as histórias do Pai João. Foi fundador também do Mequetrefe.
Em 30 de janeiro de 1869 publica na revista "Vida Fluminense" Nhô-Quim, ou Impressões de uma Viagem à Corte, considerada a primeira história em quadrinhos brasileira e uma das mais antigas do mundo. Agostini cria o Zé Caipora em 1883 na Revista Ilustrada, personagem que é retomado em O Malho e Don Quixote, que é republicado em fascículos em 1886, sendo a primeira revista de quadrinhos com um personagem fixo a ser lançada no Brasil.

Agostini foi, de acordo com Monteiro Lobato , quem trouxe a arte da caricatura para o Brasil e teve marcada influência sobre o trabalho de muitos desenhistas da época. Seu trabalho apresenta-se como uma perspicaz leitura dos usos e costumes da terra, marcada pela tolerância social e racial e pela ironia diante dos poderosos. 

Coisas de Fanzine- Princess Ai

PRINCESS AI
Princess Ai é um mangá dirigido ao público feminino escrito por Courtney Love, viúva de Kurt Cobain, vocalista da lendária banda Nirvana, e Ai Yazawa, criadora do best-seller dos mangás Nana, que vendeu milhões de exemplares no Japão.

Esteticamente, Princess Ai é um exemplar do gênero Lolita Gótica. O mangá conta a história de uma princesa alienígena aprisionada na Terra, sem idéia de sua identidade. Ela se apaixona por um jovem guitarrista nipo-americano chamado Kent, que trabalha em meio-período na biblioteca de uma universidade. Princess Ai é uma história romântica em um contexto de fantasia. Enquanto Ai começa a cantar e inicia uma caminhada para o estrelato, assassinos vindos de seu mundo de origem passam a persegui-la.
O mangá gerou muita polêmica porque os personagens e muitos episódios lembram a vida real de Courtney Love e seu romance com Kurt Cobain o que gerou muitos comentários a respeito da série. Um exemplo disso é a a caixa vazia em formato de coração que desempenha um papel importante na trama do mangá. Supostamente esta caixa é inspirada em uma caixa que Love teria dado a Cobain em vida, há inclusive uma música inspirada neste presente

Coisas de Fanzine- Marvel invade Iraque!

 Marvel invade Iraque!!!

 Os superheróis da Marvel Comics, como o Capitão América e o Homem Aranha, foram convocados para apoiar a ocupação imperialista do outro lado do mundo.
Há algum tempo atrás o secretário de Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, posou entusiasmado ao lado dos heróis. Ele comemora a parceria ‘America Supports You’ (A América apóia você) com a editora de quadrinhos Marvel, que levará 150 mil exemplares de uma edição especial da revista ‘Novos Vingadores’ para o Iraque.Ao todo, foram distribuídas gratuitamente um milhão de revistas aos soldados, em uma tentativa de melhorar o ânimo das tropas e conquistar maior apoio popular. Esta é a segunda investida da Marvel em relação ao Iraque. Já havia sido lançada

a série Combat Zone, sobre o cotidiano de uma tropa de soldados paraquedistas e seu ‘sacrifício pelo país’.
. A cena de Rumsfeld foi tão dantesca que nem mesmo o jornal Washington Post resistiu: “Ou a Marvel está realmente precisando de novos leitores e precisa de um ultra-dinâmico golpe de publicidade com a ajuda do Pentágono pra levantar as vendas, ou Rumsfeld está finalmente pronto a admitir que apenas um super-herói pode resolver o problema do Iraque.”

 Das ruas de Bagdá, os soldados sonham com algo que os tire dali ou que os faça acreditar ser possível vencer este inimigo invisível, que pode estar escondido na próxima esquina. Superpoderes seriam muito bem vindos. Permitiriam subir pelas paredes para fugir de uma emboscada, como o Homem-Aranha, defender-se dos tiros com um escudo indestrutível feito de Vibranium, como o do Capitão América, e misturar-se sem medo às chamas de um carro-bomba, como faria oTocha Humana, do Quarteto Fantástico. 
Os quadrinhos permitirão que os soldados possam abstrair, mesmo que por momentos, a ameaça permanente da resistência. Mas não só. Há também um forte conteúdo ideológico que será transmitido nas histórias, como a defesa da ‘liberdade’ e da ‘justiça’. Nesta edição, os ‘Novos Vingadores’ combatem um exército alienígena. Três anos e meio de uma intensa campanha contra o ‘Terror’ fizeram com que muitos norte-americanos, que já não sabiam muito bem onde fica o Iraque, passassem a acreditar que ele realmente faz parte de outra galáxia.