Música, meditação, mantras e delicadeza!
Tudo começa sempre de maneira sutil, imprevisível e com a aparência de acaso. Sabemos nós que não é assim... Coincidências não existem... Eu vejo uma grande teia de bordado tênue unindo pessoas, emoções, sentimentos, sonhos e realidades.
Estava em tempos de meditação, auto-refletindo a necessidade de DELICADEZA em qualquer ato praticado em qualquer situação. Envolvido estava eu com estes pensamentos quando a Nina Flores, fanzineira de São Leopoldo, me deu um toque sobre a possibilidade de conseguir os CDs d’Os The Darma Lóvers, que há tanto tempo buscava.
Os The Darma Lóvers,são uma banda que iniciou seu trabalho musical com uma dupla de praticantes do budismo tibetano, que moravam em Três Coroas,no alto de um morro ao lado de um Templo Budista e que decidiram fazer música a partir de suas experiências meditativas, mixando blues, mpb, psicodelia, tropicália, rock´n´roll e algo mais.
Parceiros de vida, Yang Zam (Voz, guitarra e incensos) & Nenung (Voz, harmônica e violão) descobriram que suas vozes eram tão afinadas quanto suas intenções e, encorajados pelo punk baladeiro Wander Wildner, levaram adiante o projeto musical-meditativo no início do ano 2000, quando lançaram seu 1º CD homônimo “Os The Darma Lóvers”, seguido do disco “Básico”, em 2002. Quando estavam em plena ascensão, a dupla aceita sair da estrada para entrar em um retiro formal de meditação, orientado por seu professor, o Lama tibetano Chagdud Rinpoche. Já em 2004, voltam à estrada como um quinteto, com a entrada da guitarra de 4Nazzo (ex-De Falla), Thiago Heinrich (baixo e piano) e Sassá (percussão). “Laranjas do Céu”, foi lançado em 2005. Como os discos estão esgotados, o próprio Nenung se encarrega de fazer cópias que vende através de uma rede alternativa.
Os discos são sublimes, com algumas canções que eu adoraria ter composto, verdadeiros mantras de reflexão, bom humor e delicadeza. E tudo continua, sempre de maneira sutil, imprevisível e com a aparência de acaso. Sabemos nós que não é assim... coincidências não existem... Eu vejo uma grande teia de bordado tênue unindo pessoas, emoções, sentimentos, sonhos e realidades.